terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A Igreja
Igreja
Papa Urbano II no Concílio de Clermont (1095)
Desde o esplendor do Império Romano, a Igreja Católica já possuía notória organização e um significativo número de fieis. Com a expansão do cristianismo e a predominância do feudalismo em toda a Europa, a mesma encontrou condições ideais para se expandir e se transformar na mais poderosa instituição do período da Idade Média.

A hierarquia da Igreja Católica era bem definida: os padres cuidavam de pequenos agrupamentos de fiéis. Acima deles estavam os bispos, arcebispos e o papa, chefe supremo da Igreja. Tal título surgiu no século IV, quando o bispo de Roma se auto-proclamou herdeiro do apóstolo Pedro.

De fato, a Igreja se tornou poderosíssima nesta época, tanto no âmbito ideológico quanto político e econômico. Para se ter uma idéia, a própria divisão da sociedade da época era baseada na Santíssima Trindade: Clero, Nobreza e Servos. Com o pretexto da obtenção da salvação, a mentalidade do homem passou a ser totalmente embasada pela religião. 

A grande quantidade de doações monetárias de fiéis e os tributos cobrados pela Igreja fizeram com que a organização passasse a ter um grande poder econômico. Cerca de um terço de todas as terras cultiváveis da Europa era de propriedade da mesma. Com todo esse poder, a instituição passou a exercer certo monopólio intelectual, já que a grande maioria da população era analfabeta e, além disso, não tinha acesso às obras escritas.

Ao longo de sua história, a Igreja Católica se deparou com inúmeras manifestações contrárias aos seus dogmas. Essas idéias, chamadas pela instituição religiosa de heresias, foram combatidas de diversas formas, até mesmo com o uso da violência. Mesmo assim, houve grandes rupturas dentro da Igreja, como o Cisma do Oriente, em 1054, a qual resultou na criação da Igreja Bizantina

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