quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Marcha à ré - para o futuro
Foram dezesseis anos, mas não o suficiente para que o nome fosse sepultado no esquecimento. Assim, o velho e heroico Fusca, também chamado carinhosamente de Fusquinha, Fusqueta ou Fuscão, está voltando, comemorou o professor Afronsius. O novo lançamento da Volkswagen irá “ressuscitá-lo” apenas no apelido, é claro, mas com direito a nome no capô, bem visível.
- Já é alguma coisa – aplaudiu Natureza Morta, com a imediata aprovação de Beronha.
- De fato. É o meu caso, um superado DKW Vemag, mas nunca de todo dispensável.
Diante da surpresa da dupla, que ele insiste em chamar de parelha, nosso anti-herói de plantão tratou de explicar:
- De long time, amargo o banco de reservas, mas não desisto. Um dia serei lembrado e festejado.
É que, becão do time do bairro, “o glorioso Olympique da Vila Piroquinha Atlético Club”, Beronha “caiu em desuso”. Mas acredita em retorno triunfal, apesar da pesada carga de obsoleto. Insuficiência técnica. E física.
Para responder rápido
Ainda no bate-papo junto à cerca (viva) da Vila Piroquinha, abordando coisas e palavras que caíram em desuso, mas nem tanto, Natureza disse que, dia desses, teve o alegre reencontro com uma palavra bastante fora do circuito da alta moda. Celtibero.
- Celtibero?
- Quem? Como? – Nem o professor Afronsius recordava mais. Parece nota de Cruzeiro Novo...
Voltando ao celtibero. Não sabendo o que significa, desista de ir ao novo Aurélio, ou Mini Aurélio. Só mesmo recorrendo ao “velho”, o Aurelião. Isto posto, explicou: - Adjetivo. De, ou pertencente à Celtibéria, antigo nome de parte da Espanha que corresponde hoje ao Aragão e parte de Castela. Os celtiberos resultaram da fusão dos celtas com os iberos.
- Ah, entendi...
- Aliás, não é “celtíbero”, com acento no i, mas celtibero mesmo.
Para não ficar muito para trás, o professor Afronsius armou o contra-ataque:
- Responda se for capaz: o que é exérese? Vi numa charge, semana passada... deixou escapar.
Inabalável, Natureza matou na hora:
- Exérese... Substantivo feminino. Simplesmente (simplesmente?) extirpação cirúrgica...
Sob o intenso “bombardeio dicionarístico”, Beronha também decidiu dar o contragolpe:
- A crase não foi feita para humilhar ninguém.
- Aforismo de Otto Lara Resende – devolveu prontamente a dupla.
- Quá, quá, quá... Errou. Ou, corrigindo, a parelha erraram. A frase é do poeta Ferreira Gullar, embora creditada a muitos outros, como Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos. Mas, no caso, não adianta ir correndo conferir no pai dos burros... – encerrou a conversa um Beronha deveras desconcertante. Com "c".gazetadopovo
ENQUANTO ISSO...
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Dia do Rádio
25 de setembro
O ator Ewan McGregor trabalhou em um filme - "O principal suspeito" -, no qual interpreta um rapaz que vai trabalhar como vigia noturno de um necrotério.
Em uma determinada cena, o antigo funcionário começa a lhe falar do serviço e, então, dá ao rapaz um conselho, em tom sério: "Filho, traga sempre um rádio".
O jovem dá de ombros e diz que irá aproveitar o tempo acordado durante a madrugada para estudar.
O velho olha firme em seus olhos e repete enfático a sugestão: "Traga um rádio".
Passada esta cena, o rapaz já aparece na cabine de vigilância estudando e demonstrando reações mínimas de medo diante da escuridão e do silêncio do lugar.
Parado, olhando para o nada, de repente ele se toca e rapidamente liga um rádio. Segundos depois, a expressão de medo vai mudando, ele começa a sorrir e volta a ler seu livro tranqüilamente.
A situação em si não tem a menor importância na história nem no desenrolar do filme, mas mostra com muita propriedade a característica principal do rádio, que é a de fazer companhia, estar bem próximo, como um amigo, um anjo da guarda a nos acalmar das tensões e receios infantis. Dos veículos de comunicação que conhecemos, o rádio é hoje o mais íntimo e o que proporciona sensação maior de proximidade.
Quem inventou?
A história assinala o italiano Guglielmo Marconi como o inventor do rádio. E pela questão da data de registro da patente é mesmo justo que assim o seja. É fato.
Mas a história também cogita que um padre brasileiro, Roberto Landell de Moura, teria sido o primeiro a transmitir a voz humana sem auxílio de fios. A patente para o seu invento, no entanto, só foi conseguida depois que Marconi já havia patenteado sua invenção.
Mas vamos por partes, para entender melhor: em 1896, Marconi obtém do governo da Itália a primeira patente para o seu "Telégrafo sem fio" e neste mesmo ano viaja para a Inglaterra, onde faz uma demonstração do aparelho: é bem sucedido ao efetuar uma transmissão do terraço do English Telegraphy Office para a colina de Salisbury. Comprova, assim, a viabilidade do sistema.
Em 1894, Padre Landell havia desenvolvido aparelho semelhante e efetuado a emissão e recepção de sinais a uma distância de oito quilômetros, do Bairro de Santana para os altos da Av. Paulista, em São Paulo. Um imprevisto histórico, no entanto, atrasa o reconhecimento das autoridades às suas investigações científicas. Fanáticos religiosos, que atribuíam ao padre conluios com o demônio, destroem os equipamentos e as anotações do cientista.
Por conta disso, só em 1900 (portanto, depois de Marconi) é que Landell concretiza uma demonstração pública de seu invento. De qualquer forma, ambos, Marconi e Landell, contribuíram positivamente para o avanço tecnológico no mundo.
Passo a passo
Uma invenção não é uma idéia que aparece assim, de repente e ao acaso, na cabeça de um único homem. No decorrer da história, percebemos que um espírito do tempo paira sobre as mentes de determinadas pessoas, que coincidentemente acabam procurando investigar a mesma coisa.
Farejam algo, vão na direção de algo que parece precisar ser mais digerido, ficar maduro: pronto para a descoberta, aperfeiçoamento ou retoque final.
Com o rádio não foi diferente.
Até Guglielmo Marconi fazer a emissão da letra S por um Telégrafo sem fio, muitas observações, deduções e descobertas foram sendo reveladas aos homens por esses adoráveis curiosos: os cientistas.
Veja na tabela abaixo como uma idéia vai sendo elaborada aos poucos pela razão humana:
Michael Faraday - 1831 Descobre o princípio da indução eletromagnética.
Joseph Henry - 1842 Realiza experimentos com descargas elétricas.
James Clark Maxwell - 1865 Presume que um movimento ondulatório se propaga de um campo indutor ao induzido através do éter.
Maxwell - 1876 Teoriza que a velocidade de propagação do campo magnético é igual à velocidade da luz e que esta, portanto, seria uma onda eletromagnética.
David E. Hughes - 1879 Observa uma limalha de ferro em um tubo de vidro se tornar condutora na presença de uma descarga elétrica. Incerto da descoberta, não a publicou.
Edouard Branly - 1880 Anuncia a invenção de seu revelador de ondas (cohesor), composto de limalha de ferro entre dois condutores, dentro de um tubo de vidro.
Graham Bell e William H. Preece - 1882 Transmitem sinais telegráficos através da água do mar, entre a Inglaterra e a ilha de Wight.
Heinrich Rudolph Hertz - 1887 Comprova a teoria de Maxwel de que as ondas eletromagnéticas se propagam através do éter na mesma velocidade da luz.
Preece - 1892 Envia sinais telegráficos através do Canal de Bristol.
Joseph Oliver Lodge - 1894 Repete as provas de Hertz, usando o "cohesor" de Branly como detector.
Alexander Stepanovitch Popov - 1895 Constrói um aparelho receptor para detectar distúrbios elétricos atmosféricos.
Guglielmo Marconi - 1896 Transmissão de sinais do Telégrafo sem fio, no terraço do "English Telegraphy Office", em Código Morse.
Após essa data histórica, outras tantas colaborações foram se inserindo na cadeia do pensamento que levou ao formato rádio, como o conhecemos hoje.
O telégrafo sem fio foi não o pontapé inicial, mas o principal passo.
Início do rádio: no Brasil e no mundo
O impulso para o desenvolvimento do rádio no mundo se deu por conta da disputa de novos mercados para a produção industrial em expansão, após a Primeira Grande Guerra. Mas não só a concorrência entre as nações propiciou seu crescimento. A salvaguarda da vida no mar foi outro fator importante para que investimentos fossem aplicados na evolução do novo veículo.
Das interferências e ruídos dos primeiros aparelhos de rádio, pesados, enormes e à válvula, aos pequenos, leves e modernos rádios de transistores, que qualquer um leva preso à cintura, enquanto faz o seu cooper, muita pesquisa e empenho foi necessário.
No Brasil, a primeira transmissão radiofônica aconteceu no dia sete de setembro de 1922, em um evento de comemoração pelo aniversário de 100 anos da independência. Uma estação de rádio foi instalada no Corcovado e, além de música, emitiu o discurso do então presidente da República, Epitácio Pessoa.
Em 1923, foi fundada por Roquete Pinto a primeira emissora de rádio do país: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Fases do rádio no Brasil
O ator Ewan McGregor trabalhou em um filme - "O principal suspeito" -, no qual interpreta um rapaz que vai trabalhar como vigia noturno de um necrotério.
Em uma determinada cena, o antigo funcionário começa a lhe falar do serviço e, então, dá ao rapaz um conselho, em tom sério: "Filho, traga sempre um rádio". O jovem dá de ombros e diz que irá aproveitar o tempo acordado durante a madrugada para estudar.
O velho olha firme em seus olhos e repete enfático a sugestão: "Traga um rádio".
Passada esta cena, o rapaz já aparece na cabine de vigilância estudando e demonstrando reações mínimas de medo diante da escuridão e do silêncio do lugar.
Parado, olhando para o nada, de repente ele se toca e rapidamente liga um rádio. Segundos depois, a expressão de medo vai mudando, ele começa a sorrir e volta a ler seu livro tranqüilamente.
A situação em si não tem a menor importância na história nem no desenrolar do filme, mas mostra com muita propriedade a característica principal do rádio, que é a de fazer companhia, estar bem próximo, como um amigo, um anjo da guarda a nos acalmar das tensões e receios infantis. Dos veículos de comunicação que conhecemos, o rádio é hoje o mais íntimo e o que proporciona sensação maior de proximidade.
Fonte: www.ibge.gov.br
25 de setembro
No dia 25 de setembro, data do nascimento de Roquete Pinto - o "Pai do Rádio Brasileiro" -, comemora-se o Dia do Rádio.
Em 1923, Roquete fundou a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Era uma fase experimental do veículo, sem grandes avanços tecnológicos.
A primeira transmissão radiofônica em terras brasileiras, no entanto, já havia ocorrido no ano anterior, mais precisamente em 7 de setembro de 1922, na comemoração do centenário da independência brasileira. Na ocasião, uma estação de rádio foi instalada no Corcovado, no Rio de Janeiro, para a veiculação de músicas e do discurso do então presidente Epitácio Pessoa.
De lá para cá, muita coisa mudou: das interferências e ruídos dos primeiros aparelhos de rádio (pesados, enormes e à válvula) aos pequenos, leves e modernos rádios de transistores. A década de 1950 foi marcada pela consolidação do veículo como meio de comunicação. Em 1968, surgiram as primeiras emissoras de freqüência modulada (FM).
O inventor do rádio foi o italiano Guglielmo Marconi, que criou o seu "telégrafo sem fio", um modelo inicial que se desenvolveu até o sistema que conhecemos hoje. Em 1896, Marconi demonstrou a eficiência de seu aparelho numa transmissão na Inglaterra, do terraço do English Telegraphy Office para a colina de Salisbury. Ganhou do governo da Itália uma patente pela sua criação.
A história também cogita que um padre brasileiro, Roberto Landell de Moura, tivesse sido o inventor do rádio. Em 1894, Roberto havia desenvolvido aparelho semelhante e efetuado a emissão e recepção de sinais a uma distância de oito quilômetros, do bairro de Santana para os altos da avenida Paulista, em São Paulo.
Fanáticos religiosos, contudo, cientes de que o padre brasileiro tinha pactos com o demônio, destruíram seu aparelho e suas anotações, o que atrasou o reconhecimento de sua criação pelas autoridades científicas. Só em 1900 Roberto conseguiu fazer uma demonstração pública de seu invento.
Roquete Pinto (1884-1954)
Roquete Pinto (à direita), ao lado do compositor Pixinguinha. A radiodifusão no Brasil está associada ao nome do carioca Edgard Roquete Pinto.
Médico, antropólogo, poeta e professor, Roquete Pinto dedicou a vida à radiodifusão, tanto do ponto de vista técnico quanto no que dizia respeito à programação radiofônica.
Nascido em 25 de setembro de 1884, foi criado numa fazenda em Minas Gerais até os dez anos, retornando então com os pais ao Rio de Janeiro. Em 1912, já formado em Medicina, passou a acompanhar o sertanista Cândido Rondon em excursões ao Mato Grosso, com o objetivo e o prazer de desvendar a cultura interiorana brasileira.
O ano decisivo na vida de Roquete Pinto foi 1922. Naquele ano comemorou-se o primeiro centenário da Independência do Brasil. O Rio de Janeiro, antiga capital federal, abrigou uma grande feira internacional e recebeu a visita de empresários americanos que queriam demonstrar os avanços da radiodifusão, o grande destaque da época nos Estados Unidos.
Para demonstrar o funcionamento do novo veículo de comunicação, os americanos instalaram uma antena no pico do morro do Corcovado, onde hoje se encontra a estátua do Cristo Redentor. A primeira transmissão radiofônica no Brasil foi um discurso do presidente Epitácio Pessoa, que foi captado em Niterói, Petrópolis, na serra fluminense e em São Paulo, onde foram instalados aparelhos receptores.
A reação de Roquete Pinto àquela "sucessão de maravilhas" foi: "Eis uma máquina importante para educar nosso povo".
A primeira emissora radiofônica
Após a experiência da primeira transmissão radiofônica no Brasil, em 1922, Roquete Pinto tentou, sem sucesso, convencer o governo federal a comprar todos os equipamentos apresentados pelos norte-americanos na Feira Internacional realizada no Rio de Janeiro.
Felizmente para as comunicações em nosso país, Roquete Pinto não desistiu e conseguiu convencer a Academia Brasileira de Ciências a fazê-lo. Estavam criadas as condições que fizeram surgir a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923 e comandada por Roquete Pinto.
Naqueles tempos, para ser um ouvinte era preciso cadastrar-se junto à emissora, adquirindo um equipamento para ouvir a programação em casa.
Roquete Pinto vence a batalha contra a censura
Em 1936, os aparelhos de rádio já podiam ser comprados em lojas especializadas. Nesse mesmo ano, a Sociedade Rádio do Rio de Janeiro foi doada ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), cujo titular de então era Gustavo Capanema. Este comunicou que a antiga Rádio Sociedade seria incorporada ao temido Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável pela censura durante o Estado Novo do presidente Getúlio Vargas.
Roquete Pinto não só ficou indignado com a proposta de incorporação ao DIP como exigiu a autonomia da emissora, com o objetivo de preservar a sua função essencialmente educativa. Roquete Pinto ganhou a disputa e até hoje a rádio MEC mantém o mesmo ideário.
Consta que ao se despedir do comando da emissora que fundara, sussurrou chorando ao ouvido da filha Beatriz: "Entrego esta rádio com a mesma emoção com que se casa uma filha".
O precursor da radiodifusão no Brasil foi também membro da Academia Brasileira de Letras e um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro.
Não acumulou riqueza. Gostava de fazer piqueniques com a família em um terreno adquirido na Barra da Tijuca e de escrever alguns pensamentos, como a definição que se segue a respeito do veículo de comunicação pelo qual tanto fez: "O rádio é o jornal de quem não sabe ler, é o mestre de quem não pode ir à escola, é o divertimento gratuito do pobre".
Roquete Pinto faleceu em 18 de outubro de 1954.
Nas ondas do rádio
A estimativa mais conservadora dá conta de que pelo menos 95 milhões de brasileiros ouvem rádio diariamente, 90,2% dos domicílios possuem rádio, o que equivale a 38 milhões e 400 mil casas com aparelhos de rádio. Enquanto o Ministério das Comunicações divulga o registro de 3.232 emissoras de radiodifusão na atualidade, mais de 20 milhões de automóveis da frota brasileira estão sintonizados no veículo de comunicação que um dia deslumbrou Edgard Roquete Pinto, o precursor da radiodifusão no Brasil.
Aquilo não era um banheiro, e sim um laboratório, declarou à revista ISTOÉ a neta de Roquete Pinto, Vera. Ela se referia ao banheiro do apartamento do avô, no bairro carioca de Copacabana, onde ficavam amontadas, em prateleiras, as engenhocas de Roquete Pinto, tais como peças de rádio desmontadas, misturas químicas guardadas em garrafas, ferramentas, além de centenas de livros cobertos de poeira.
No dia 21 de setembro comemora-se o Dia Nacional da Radiodifusão.
Fonte: www.aticaeducacional.com.br
25 de setembro O rádio é comemorado nesse dia
Aparelho de rádio da década de 1930, a eletricidade e válvulas:
O dia 25 de setembro é o dia do rádio. O rádio foi patenteado pelo cientista e inventor italiano Guglielmo (Guilherme) Marconi, no início do século 20. A primeira transmissão radiofônica no Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1922, por ocasião do centenário da independência.
Uma estação de rádio foi instalada no Corcovado e, além de música, emitiu o discurso do presidente da República, Epitácio Pessoa. No ano seguinte foi fundada por Roquete Pinto a primeira emissora de rádio do país: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
No entanto, o rádio tem mais razões para ser considerado brasileiro. Roberto Landell de Moura (1861-1928), padre e cientista gaúcho, também havia realizado experiências semelhantes às de Marconi - antes do italiano.
Entre 1901 e 1904, Landell de Moura esteve nos Estados Unidos, onde patenteou inventos, entre os quais um "transmissor de ondas" ou "transmissor fonético a distância" que seria exatamente o rádio. Sua patente, porém, era limitada e perdeu a validade. Marconi ficou com a fama. Trata-se de uma situação semelhante àquela que ocorreu com Santos Dumont e os irmãos Wright.
Antes da televisão
O rádio foi o primeiro grande veículo de comunicação de massas. Na verdade, dele vieram os primeiros profissionais e até os programas da TV. Por exemplo, você sabia que, antes das telenovelas, existiram as radionovelas? Os ouvintes escutavam os capítulos da mesma maneira que hoje, só que tinham que "ver" as cenas em sua imaginação.
Os primeiros aparelhos de rádio eram grandes caixotes de madeira, como você vê na foto que ilustra esse texto. Usavam válvulas e precisavam ser ligados na tomada para funcionar. Com o tempo, eles foram diminuindo de tamanho e passaram a funcionar com pilhas. Hoje em dia, os rádios estão integrados a outros aparelhos de som.
As emissoras de rádio podem ser captadas também através da internet. Pela web você pode ouvir emissoras do mundo inteiro, basta você pesquisar o que quer ouvir.
O sucesso do rádio se deve ao fato de que ele pode estar em qualquer lugar a qualquer hora e é acessível à maioria da população, tanto em zonas urbanas quanto rurais. Por isso, quem apostava que ele ia desaparecer quando a televisão surgiu se enganou redondamente.
O radialista é o profissional de comunicação social responsável por criar, produzir e dirigir programas para rádio e televisão. Ele pode fazer textos, roteiros, organizar a programação e fazer locuções.
Pode também ser editor, operador de câmera, de som, ou de vídeo, discotecário, continuista, contra-regra, sonoplasta, encarregado de tráfego (a distribuição dos programas) e ainda desempenhar outras funções. A profissão de radialista foi regulamentada em 1978.UOL
domingo, 23 de setembro de 2012
Cego Aderaldo
Pesquisador relembra história de cego Aderaldo
Cego Aderaldo, repentista
Ficheiro:Monumento cego aderaldo quixada CE.JPG
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Biografia (1878-1967)
Aderaldo Ferreira de Araújo, o Cego Aderaldo, nasceu no dia 24 de junho de 1878 na cidade do Crato — CE. Logo após seu nascimento mudou-se para Quixadá, no mesmo estado. Aos cinco anos começou a trabalhar, pois seu pai adoeceu e não conseguia sustentar a família. Tomou conta dos pais sozinho. Quinze dias depois que seu pai morreu (25 de março de 1896), quando tinha 18 anos e trabalhava como maquinista na Estrada de Ferro de Baturité, sua visão se foi depois de uma forte dor nos olhos. Pobre, cego e com poucos a quem recorrer, teve um sonho em verso certa vez, ocasião em que descobriu seu dom para cantar e improvisar. Ganhou uma viola a qual aprendeu a tocar. Mais tarde começou a tocar rabeca. Algum tempo depois, quando tudo parecia estar voltando à estabilidade, sua mãe morre. Sozinho começou a andar pelo sertão cantando e recebendo por isso. Percorreu todo o Ceará, partes do Piauí e Pernambuco. Com o tempo sua fama foi aumentando. Em 1914 se deu a famosa peleja com Zé Pretinho (maior cantador do Piauí). Depois disso voltou para Quixadá mas, com a seca de 1915, resolveu tentar a vida no Pará. Voltou para Quixadá por volta de 1920 e só saiu dali em 1923, quando resolveu conhecer o Padre Cícero. Rumou para Juazeiro onde o próprio Padre Cícero veio receber o trovador que já tinha fama. Algum tempo depois foi a vez de cantar para Lampião, que satisfez seu pedido — feito em versos — de ter um revólver do cangaceiro.
Tentando mudar o estilo de vida de cantador, em 1931, comprou um gramofone e alguns discos que usava para divertir o povo do sertão apresentando aquilo que ainda era novidade mesmo na capital. Conseguiu o que queria, mas o povo ainda o queria escutar. Logo depois, em 1933, teve a idéia de apresentar vídeos. Que também deu certo, mas não o realizava tanto. Resolveu se estabelecer em Fortaleza em 1942, onde veio a abrir uma bodega na Rua da Bomba, No. 2. Infelizmente o seu traquejo de trovador não servia para o comércio e depois de algum tempo fechou a bodega com um prejuízo considerável.
Desde 1945, então com 67 anos, Cego Aderaldo parou de aceitar desafios. Mas também, já tinha rodado o sertão inúmeras vezes, conseguira ser reconhecido em todo lugar, cantara pra muitas pessoas, inclusive muitas importantes, tivera pelejas com os maiores cantadores. E, na medida em que a serenidade, que só o tempo trás ao homem, começou a dificultar as disputas de peleja, ele resolveu passar a cantar apenas para entreter a alma. Cego Aderaldo nunca se casou e diz nunca ter tido vontade, mas costumava ter uma vida de chefe de família pois criou 24 meninos.
Texto extraído do livro "Eu sou o Cego Aderaldo", prefácio de Rachel de Queiroz, Maltese Editora — São Paulo, 1994.
Fonte: Rachel de Queiroz
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Clara Schumann
Retrato de Clara Schumann, por Franz von Lenbach (1878/1879)
Clara Schumann, nascida Clara Josephine Wieck (Leipzig, Saxônia, 13 de setembro de 1819 - Frankfurt am Main, 20 de maio de 1896) foi uma pianista e compositora romântica alemã. Era casada com o também compositor Robert Schumann.
Desde muito jovem, aprendeu a técnica do piano com seu pai, Friedrich Wieck. A mãe, Marianne, era uma excelente musicista e dava concertos. Quando Clara tinha 4 anos, os pais se divorciaram, e posteriormente Friedrich ganhou a custódia da menina. Aos 5, Clara começou a ter lições de piano mediante a disciplina rígida do pai. A partir dos 13 anos desenvolveu uma brilhante carreira pianística, apresentando-se em vários palcos pela Europa.
Aos 14 anos, começou a compor o Concerto para piano em lá menor, que foi apresentado quando ela estava com 16, tendo a regência de Felix Mendelssohn.
Destacou-se não só por isso, mas também pela performance de compositores românticos da época, como Chopin e Carl Maria Von Weber.
Na adolescência iniciou um romance com Robert Schumann que na época era aluno de seu pai. Ao tomar conhecimento da ligação de Robert e Clara, Wieck ficou furioso, pois Robert tinha problemas com a bebida, o fumo e crises depressivas. Preocupado com o futuro da filha, proibiu a relação. A conseqüência foi uma longa batalha judicial, em que, após um ano de litígio, Schumann conseguiu a permissão para desposar Clara, após ela completar 21 anos.
Depois do casamento, Clara e Robert começaram uma longa colaboração, ele compondo e ela interpretando e divulgando suas composições. Clara continuou a compor, mas a vida em comum era complicada, pois ela foi forçada a parar a carreira por diversos períodos, devido às 8 gestações e, apesar de Schumann aparentemente encorajar sua criação musical, ela abdicou muitas vezes de sua carreira como compositora para promover a do marido. A situação era agravada por várias diferenças entre o casal: Clara adorava turnês, Robert as odiava; ele precisava de silêncio e tranquilidade para praticar, o que significa que Clara ficava em segundo plano, pois somente após o estudos do marido ela poderia ter suas horas de estudo.
Outro problema eram as constantes crises nervosas do marido, que fizeram Clara assumir as responsabilidades familiares sozinha. A pior crise de sua vida aconteceu quando Schumann entrou em depressão crônica, o que obrigou a família a interná-lo num manicômio, onde ficou por dois anos, até sua morte. Após 14 anos de casamento, Clara ficou sozinha com os filhos, tendo que dar aulas e apresentações para sustentar a família.
A partir daí, ironicamente, ela ficou livre para compor e dar concertos, e sua carreira finalmente se desenvolveu. A amizade com Johannes Brahms foi o principal sustentáculo nesse período, o que deu margem a fofocas de que os dois teriam um romance. Foram anos de colaboração mútua, já que os dois artistas eram defensores ferrenhos da estética romântica ligada a um padrão mais formal, e opositores de Wagner e Liszt. A amizade durou até o final da vida de Clara.
Durante certo período, Clara sofreu de uma síndrome de dor crônica, atribuída aos excessos de treinos na tentativa de executar as obras orquestrais de Brahms.[1]. O tratamento multimodal realizado à época foi bem sucedido e Clara pode continuar sua carreira. Os últimos anos da compositora foram marcados por uma brilhante carreira como professora e o reconhecimento como concertista, chegando até a ser comparada com Liszt.Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Feliz Dia da Independência
Brasil, 7 de setembro O Dia que se Comemora a Grande Vitória de todo Brasileiro, Afinal Hoje 7/09 é Dia da Independência do Brasil desde 1987.
Dom Pedro I deu o Grito da “Independência ou Morte” durante todo transmite para que o Brasil fosse um país sem autoridade externa, houve muitas mortes causadas pela guerra da época, é sempre bom lembrar-se da história de nosso patrono Dom Pedro Primeiro I O Imperador, A independência do Brasil mostra o fim do domínio de Portugal sobre nosso país. Um fato interessante é que o Brasil se tornou independente no dia 7 de setembro por um valor de 2 milhões de libras esterlinas da época, como Dom Pedro não tinha esse dinheiro para repassar à Portugal, ele recorreu a Inglaterra para pedir empréstimo e tão logo se tornou um país livre das mãos dos colonizadores.
Obs: No Início Somente Dois Países aceitaram a indepência do Brasil ( Estados Unidos e México, Portugal foi o terceiro Após Dom Pedro realizar seu Pagamento de 2 milhões de libras para Portugal, só assim foi aceito o tratado.
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