segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Personagens históricos supersticiosos

A história está cheia de superstições. Os antigos pensavam que os trovões e os relâmpagos eram mensagens dos deuses. Os adivinhos e os astrólogos decidiam as estratégias de uma batalha. As derrotas eram atribuídas à posição das estrelas ou à influência do diabo. Na Europa medieval, as vitórias de Joana d'Arc sobre os ingleses foi interpretado como obra de uma bruxa e a valente guerreira terminou seus dias na fogueira. A princípios do século XX, Rasputin teve enorme influência sobre a família imperial russa graças a seus supostos poderes sobrenaturais. É contado que Cristóvão Colombo e sua tripulação, durante sua viagem ao novo mundo em 1492, acreditavam que teriam desastres se os tubarões seguissem seu barco. Durante uma tormenta particularmente forte, Colombo tranqüilizou a seus agoniados homens jogando ao mar um pacote de cartas de baralho, o qual se supunha acalmava as gigantescas ondas. Os reis ingleses sempre estavam rodeados de adivinhos e oráculos de diferentes tipos, que influíam nas decisões reais. O rei Enrique VIII chegou a achar que Ana Bolena tinha enfeitiçado-o, por isso mandou decapitá-la. Isabel I consultava a John Dee, um mago, para que ajudasse a planejar seu futuro. Sua pedra mágica ainda é conservada no Museu Britânico. Quando o rei Carlos I estava sendo julgado após a guerra civil inglesa, o punho de sua bengala caiu e rodou pelo solo. Naquele momento ele disse que perderia. Dias mais tarde foi decapitado. Samuel Johnson, o famoso dicionarista inglês, tinha o estranho costume de entrar e sair de um recinto sempre com o pé direito a frente. Acreditava que se fizesse com o pé esquerdo atrairia a desgraça para aqueles que se encontravam debaixo daquele. Tocava a cada poste de madeira que encontrava e nunca pisava em vãos ou gretas da calçada. Entre os compositores, nenhum foi tão supersticioso como Mozart. É contado que ele não queria escrever o Réquiem, pois temia que isso atraísse sua própria morte. Faleceu pouco depois sem ter terminado a obra. Antes de empreender uma campanha, Napoleão Bonaparte sempre pedia conselho a uma famosa clarividente, Madame Normand. Os historiadores dizem que o grande corso levava muito em conta os sonhos que tinha, achando que estes prediziam o seu futuro. Muitas vezes expressou que as estrelas controlavam todos seus atos e que sua boa estrela o guiava para conseguir grandes vitórias. Napoleão atribuía grande importância a pequenos incidentes, tais como uma queda do cavalo, a qual seria um presságio de um contratempo militar. Tinha pavor de gatos negros, considerava o bicho um sinal muito desafortunado. Ele contou que sonhara com um gato negro antes da Batalha de Waterloo. Eduardo VII, rei de Inglaterra de 1901 a 1910, era extremamente supersticioso, a ponto de não tolerar que arrumassem a sua cama ou trocassem os lençóis nas sextas-feiras. Segundo um velho adágio, lençóis trocados nesse dia permitiria com que o diabo passasse a controlar nossos sonhos durante toda a semana. Benito Mussolini e Adolfo Hitler eram fanaticamente supersticiosos. Contam que, numa ocasião, Mussolini mudou seus planos de viagem caprichosamente porque, segundo disse, certo passageiro tinha um olhar diabólico. Hitler achava que o número 7 tinha poderes especiais, e com freqüência pedia conselho aos astrólogos e aos adivinhos. O símbolo nazista, a suástica, é um antigo símbolo e alguns achavam que tinha influência mágica. Era tão grande a crença de Hitler na astrologia, que os oficiais dos Aliados consultavam a seus próprios experientes, com a esperança de antecipar de que maneira o horóscopo do ditador poderia influir na guerra. Mas a superstição durante a Segunda Guerra Mundial não estava num só lado. O premiê da Inglaterra, Winston Churchill, portava sua "bengala da boa sorte" e rara vez errava ao golpear a um gato negro que lhe atravessasse o passo. Por outro lado, no Novo Mundo, Moctezuma Xocoyotzin, último imperador asteca, pese a dominar um poderoso império que chegava até o que hoje é Honduras e Nicarágua, se rendeu ante os conquistadores espanhóis dirigidos por Hernan Cortês. O Imperador estava convencido de que teriam de chegar, por onde sai o sol, homens loiros e barbados que seriam donos de suas terras. O deus Huitzilopochtli tinha predito tudo isto, por isso Moctezuma se entregou sem oferecer resistência, colocando o império asteca abaixo do mandato da Coroa espanhola. No século XIX, o México teve casas inundadas, ataques de índios no norte do país, o passar de um cometa, uma aurora boreal e uma epidemia de cólera: tudo isso como castigo divino, segundo os membros do partido conservador, pelo governo ter se atrevido a abolir os privilégios da Igreja e de suprimir as ordens monásticas. mdig.com.br

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